Ser não é querer.

É fácil querer ser eu agora — vestir meus sapatos, colher minhas vitórias…

Mas quem carregou a cruz, suportou a dor e seguiu mesmo sem plateia, fui eu.

Você não quis segurar o peso,

Mas quer o brilho do sucesso.

O que te falta é o meu brilho,

a minha autenticidade —

E isso não se copia, não se toma.

Ou você nasce com isso… ou não.

Enquanto você tenta ser eu,

eu sigo sendo única.

Porque o que é verdadeiro, ninguém imita.

Essa fábrica de autenticidade tem um preço que poucos estão dispostos a pagar.

A luz do meu sorriso pesa tanto quanto a lágrima da minha derrota.

Viver intensamente tem um custo — e ele não cabe em etiquetas.

É um valor imensurável, intangível.

Pode até ser alcançado…

Mas exige frequência, entrega e coragem.

Podem até tentar copiar…

Mas nunca será igual.

Porque carregar um universo falante dentro da cabeça,

sentir um turbilhão de emoções onde só a execução alivia a pressão…

Ser, expressar e executar — é uma dádiva da alma.

— Michelle Gonçalves