
Expectativa
- 9 de mai.
- 1 min de leitura
A alegria da vida…
Tão estimada, tão buscada.
Mas o que é, de fato, essa sensação?
Ser intelectual?
Ser acessível?
Ser positivo?
Ser solucionador?
Ser. Ser. Ser.
E se, ao invés de ser, a gente apenas sentisse?
(Silêncio)
Sentisse sem tentar nomear.
Sem tentar moldar.
Apenas… sentir.
Por que não valorizar as pequenas coisas?
Ou — quem sabe — as pessoas?
Mas espera… pessoas não são objetos.
Ou será que são, às vezes, tratadas como tal?
(Silêncio mais denso)
Nesse infortúnio de eventos que chamamos de vida,
será que entendemos mesmo o que significa felicidade?
Porque veja bem: alegria é essa fagulha,
esse instante que ilumina brevemente um dia cinza.
Felicidade… já é outra história.
Talvez nem seja pra ser alcançada.
Talvez seja só uma ideia.
Um projeto humano que atravessa séculos,
e que a gente segue tentando montar com peças faltando.
Às vezes, tudo o que eu queria era resetar.
Voltar pra antes da obrigação de ser feliz,
e apenas existir como humana —
não só na fisiologia, mas na essência.
Entender o que é sentir.
Sem rótulos, sem pressa.
Só o sentir, cru e sincero.
Talvez aí more, enfim, alguma forma de paz.



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